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Projeto de Formação Gesac encerra última etapa presencial no Campus Porto Alegre

Publicado: Segunda, 14 de Fevereiro de 2011, 08h37 | Última atualização em Segunda, 14 de Fevereiro de 2011, 08h37 | Acessos: 2379

Ter acesso aos computadores, saber manejá-los, aprender a navegar pela rede mundial da internet, encontrando e divulgando informações que interessam a si, como indivíduo, e às suas comunidades. O objetivo do Projeto Formação Gesac, desenvolvido pelo Ministério das Comunicações em parceria com o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, é possibilitar esse acesso aos indivíduos que frequentam os Pontos Gesac, telecentros instalados pelo Governo Federal em comunidades rurais e urbanas do Rio Grande do Sul e de 11 mil localidades de todo o Brasil. Inserido no programa de inclusão digital do Gesac (sigla de Governo Eletrônico – Serviços de Atendimento ao Cidadão), o projeto irá capacitar mais de 600 representantes de comunidades em 26 estados brasileiros.

Na semana de 7 a 11 de fevereiro, o Campus Porto Alegre do IFRS sediou o segundo e último encontro presencial deste projeto de capacitação de monitores (multiplicadores), que irão disseminar esse conhecimento em suas comunidades, onde estão instalados pontos de acesso a Internet Banda Larga através do Projeto Gesac.

Alunos de 15 municípios gaúchos, representantes de diversas comunidades carentes, indígenas e quilombolas do RS, estiveram no campus Porto Alegre para receber aulas de Hardware, Software e Redes e participaram de treinamentos sobre informática e cidadania.

A integrante do comitê gestor do Projeto Gesac, Jaqueline Oliveira, que trabalha no Ministério da Comunicação, esteve acompanhando este segundo módulo presencial realizado no Campus Porto Alegre. Ela explica que este é um projeto-piloto de inclusão digital do Programa Gesac, ou seja, está em fase de experimentação e avaliação, desenhado para que, durante um ano, fossem desenvolvidas aulas presenciais e à distância das disciplinas de Educidadania, Educomunicação, Educação à Distância, Hardware, Software e Redes. “O projeto está tendo uma participação além da expectativa, tanto de alunos monitores como de tutores.” comemora Jaqueline. Em 26 estados brasileiros participam 614 monitores dos telecentros.

A formação dos monitores do Gesac ocorre de forma intercalada, entre presencial e ensino à distância – EAD, sendo que um complementa o outro. Após cada etapa do curso, os monitores saem com a tarefa de multiplicadores, devendo repassar os conhecimentos adquiridos na formação para pelo menos três pessoas da comunidade onde cada um atua.

O objetivo é que o conhecimento não se concentre somente no próprio monitor, que pode sair do Ponto Gesac ou mesmo da comunidade. É uma forma de disseminar as informações recebidas, garantindo que a comunidade se beneficie da proposta de inclusão digital.

No RS, foram selecionados inicialmente 21 pontos para participar da formação, sendo que 17 representantes participaram do encontro; atuando como multiplicadores ao retornarem para as comunidades, estima-se alcançar pelo menos 60 pessoas capacitadas para atuar nos telecentros em cada localidade.

São atendidos 19 monitores no Estado, representantes de telecentros Gesac dos municípios de Barra do Rio Azul , Benjamin Constant do Sul , Novo Hamburgo , Pelotas , Porto Alegre , Ronda Alta , Santa Maria , Santa Vitória do Palmar , Santana da Boa Vista , Santo Antônio do Palma , São José do Norte , São Leopoldo , Sapucaia do Sul, Taquari e Viamão.

O Projeto investe na utilização da tecnologia para a transformação social e por isso realiza nas cinco regiões do país, um programa de formação voltado para a construção de alternativas reais de interação com autonomia nas redes digitais, de participação social e política das comunidades e sujeitos envolvidos.

Além de Porto Alegre, na última semana também aconteceram formações nos Institutos Federais de Aracaju (SE), Guarulhos (SP), Paulo de Frontin (RJ) e Barbacena (MG)

Como o projeto possui um pólo de formação em cada região do país, o Instituto Federal do Paraná – IFPR é o pólo de formação na Região Sul. Professores e tutores do IFPR, em parceria com Promotores de Inclusão Digital - PIDs do Projeto Formação Gesac, estão ministrando as aulas. Esta foi a última capacitação presencial desses monitores, que, desde setembro de 2010, recebem aulas presenciais e à distância nas disciplinas de Educidadania, Educomunicação e Educação à Distância. Até março de 2011 as aulas serão na modalidade à distância, via internet.

As aulas no campus Porto Alegre foram orientadas pela professora Andréa Rodrigues, do IFPR, com o apoio do professor Fábio Yoshimitsu Okuyama, do campus Porto Alegre, que atua como professor tutor do projeto no IFRS, dando suporte à formação presencial.

O PID Paulo Babosa, mais conhecido como “PC”, representa o programa no Rio Grande do Sul e também esteve auxiliando no encontro da última semana em Porto Alegre. PC é formado em História, mora em Porto Alegre e, dentro do projeto, atua na articulação das redes sociais, realiza capacitação presencial nas comunidades e na forma EAD, promovendo oficinas, com foco na memória e oralidade. Segundo ele, “o telecentro surge como espaço de memória, utilizando a tecnologia como ferramenta de ligação entre os jovens e os mais velhos.”

Conforme PC, o PID vai até os telecentros para ver como está a realidade local, retornando ao projeto essas informações. O seu papel é ouvir as necessidades das comunidades, descobrir quais os problemas básicos que travam os telecentros, e é através dessa sondagem que são definidos os temas para as formações dos monitores. Os telecentros têm diferentes realidades, por isso é preciso conhecer mais para poder reaproveitar.

Os telecentros comunitários são administrados por diferentes órgãos ou organizações, que podem ser a prefeitura, uma ONG, etc., e dependendo da administração, a maioria dos monitores recebe uma ajuda de custo para atuarem nesse trabalho.

Redes sociais - No primeiro módulo presencial, realizado no ano passado, os temas abordados foram comunicação e cidadania, enquanto neste segundo módulo presencial trabalhou-se sobre software, hardware e redes.

Num dos tópicos abordados durante a semana falou-se sobre redes sociais e como elas podem ajudar as comunidades, compartilhando informações como, por exemplo, a criação de blogs que divulgam o trabalho realizado por alguém da comunidade.

O próprio projeto Gesac possui uma rede social na Internet, no endereço www.redegesac.net, onde os tutores e monitores mantêm contato uns com os outros, a fim de sanar dúvidas, compartilhar experiências e comentar sobre as ações realizadas. A rede social do Projeto Gesac também divulga os blogs das comunidades.

No projeto, os professores e monitores trabalham com softwares livres, tanto nas formações como nos telecentros.

Já no último dia do curso, os alunos monitores tiveram uma aula prática sobre hardware, quando puderam desmontar CPUs (unidades centrais de processamento de um computador) e aprender sobre o funcionamento das peças e noções sobre rede lógica (fotos).

Pesquisa paralela - O Ministério das Comunicações também contratou pesquisadores do CNPq para fazer uma avaliação da política pública do Gesac, por meio de pesquisa paralela, com o objetivo de traçar um panorama desde a formação até a chegada nas comunidades. Em cima disso, será traçado um perfil e gerado um relatório com o intuito de prever melhoras que sejam necessárias. A avaliação é feita através de entrevistas e enquetes com monitores, professores, usuários e demais participantes do processo.

Os pesquisadores que realizam a avaliação estão visitando diversos pontos do país, dentro dos 739 abrangidos pelo Gesac, buscando conhecer as comunidades que mais necessitam de inclusão digital, tais como indígenas, ribeirinhas, quilombolas e assentamentos rurais.

Os pesquisadores Helvio Jerônimo Júnior, do IF de Campos dos Goytacazes/RJ, e Carine Gomes Roos, da UnB de Brasília/DF, estiveram visitando a turma de formação do Campus Porto Alegre do IFRS na última semana. Eles também vieram para conhecer a comunidade afro do ponto de cultura Odomodê, que fica na Av. Ipiranga, 3850, em Porto Alegre. Criado em 1999, o bloco Afro Odomodê, que se tornou um Ponto de Cultura, desenvolve atividades nas áreas social e cultural, e possui um dos telecentros do Gesac.

Conheça mais sobre o Programa em www.formacao.gesac.gov.br

(Colaboração: Coordenação de Comunicação do Projeto Formação Gesac, Ministério das Comunicações)

 

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