Evento sobre Afroempreendedorismo acontece dia 03/9 no Campus Porto Alegre
Atividade aberta ao público é uma ação de extensão do programa Enegrecendo
O programa de extensão Enegrecendo, do IFRS - Campus Porto Alegre, promove na segunda-feira, dia 03/9, evento sobre Afroempreendedorismo, a partir das 18h, no auditório Rui Cruse, andar térreo do campus. A atividade conta com o apoio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e do Programa Permanente de Ensino de Línguas e Literatura (PROPEL), ambos do Campus Porto Alegre.
Segundo os organizadores da ação, o evento Afroempreendedorismo pretende mostrar que é possível fazer um empreendedorismo de união e compreensão; que o empreendedorismo negro é um dos que mais crescem em meio à sociedade consumista e contempla arte, religião, música, dança, culinária, vestimentas e estética relacionadas ao povo negro.
Na ocasião, será realizada roda de conversa, em que participarão mulheres empreendedoras que atuam em diferentes áreas: alimentação, artes, artesanato. As participantes trazem suas experiências para compartilhar com o público do IFRS.
O evento contará com as presenças de:
Kyzzy Barcelos Rodrigues
Izis Abreu
Luciana Pimenta Mimosa Rabello
Cláudia Campos
O evento é gratuito e aberto ao público, e as inscrições podem feitas na hora, no local do evento.
Confira a programação:
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18h - Apresentações e breve histórico dos empreendimentos apresentados
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19h às 20h40min - Roda de conversa aberta ao público
Saiba mais na página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/720790711602014/
Sobre o "Engrecendo"
De acordo com a proposta do programa, sob coordenação da professora Renata Severo, o “Enegrecendo” é composto por atividades diversas (oficinas, palestras, sarau poético, cursos, grupo de estudo etc.) que se comunicam entre si no intuito de destacar o protagonismo negro no Rio Grande do Sul e problematizar a suposta tradição gaúcha de matriz europeia, que é celebrada e reinventada durante todo o mês de setembro em nosso estado (ZALLA; MENEGAT, 2011).
Assim, através de discussões atuais sobre identidade e resistência, o programa pretende trazer um contraponto à construção eurocêntrica da identidade gaúcha a partir de alguns aspectos da cultura negra contemporânea do Rio Grande do Sul.
Além disso, o “Enegrecendo” se insere nos princípios da lei 10.639 que, desde 2003, exige o ensino da história e da cultura afro-brasileira na educação formal para promover a isonomia étnica no âmbito dos Direitos Humanos e a consolidação da cidadania e dos direitos da população negra.
A partir da avaliação realizada pelo público do evento "Enegrecendo setembro", realizado em setembro de 2017, detectou-se a necessidade de um programa que fosse capaz de articular ações não apenas durante o mês de setembro, mas ao longo do ano letivo, a fim de atingir um público maior e proporcionar aprofundamento ao debate.
O programa 'Enegrecendo' procura dar conta dessa demanda. O nome do programa faz contraponto à expressão 'esclarecendo', comumente utilizada no português brasileiro para introduzir uma explicação; os movimentos negros brasileiros vêm assinalando o racismo que é reforçado por tal expressão. Dessa forma, o gerúndio 'enegrecendo' vem introduzir reflexões que fogem ao padrão normativo branco e branqueador.
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