Grupo de canadenses intercambistas da Cégep de Sherbrooke se despede do IFRS - Câmpus Porto Alegre
A equipe de seis estudantes e uma professora canadenses da instituição Cégep de Sherbrooke, de Québec, Canadá, que estiveram participando de atividades de intercâmbio no IFRS - Câmpus Porto Alegre desde o dia 3 de junho, encerraram sua estada na sexta-feira, dia 14.
Durante o período, o grupo permaneceu no Câmpus trabalhando na parte de hardware e sistemas do projeto Qualidade da Água, que envolve a cooperação das áreas de Informática e Meio Ambiente, sob coordenação do professor André Peres (Informática) e colaboração dos professores Evandro Miletto (Informática), Simone Kapusta e Telmo Ojeda (Meio Ambiente), todos do Câmpus Porto Alegre. Eles participaram ainda de atividades culturais e de integração com os alunos do câmpus.
No evento de despedida, realizado na manhã do dia 14, o professor André Peres e os estudantes canadenses apresentaram aos alunos e docentes dos cursos superiores de Tecnologia em Sistemas para Internet e Tecnologia em Gestão Ambiental do Câmpus, os resultados parciais do projeto, desenvolvidos durante sua estada em Porto Alegre.
Um destaque que solidifica essa cooperação internacional é o desenvolvimento, por parte desses alunos, de um produto funcional, no contexto do projeto Qualidade da Água.
Um dos intercambistas, Antoine Lacasse, que já esteve no IFRS em 2012, voltou também para trazer o protótipo de um sensor, desenvolvido no Canadá, para complementar os experimentos realizados aqui.
Trata-se de um dispositivo sensor autônomo e alimentado por energia solar que permite o monitoramento de vários parâmetros da água, como Ph, condutividade, turbidez, velocidade, temperatura, oxigênio dissolvido, por exemplo, que são enviados pelo sensor para internet usando rede de telefonia GSM. O protótipo foi premiado como o melhor trabalho de conclusão do curso da área do estudante Antoine.
Durante a apresentação, o professor André Peres aproveitou para esclarecer sobre funcionamento do projeto. Segundo ele, o objetivo é criar uma infraestrutura tecnológica genérica o suficiente para ser capaz de dar suporte ao monitoramento de quaisquer itens, e permitir com que as pessoas nos mais variados níveis de discernimento consigam compreender o que está sendo monitorado.
- Utilizamos a qualidade da água como um primeiro experimento, para construir essa infraestrutura e conseguir então tratar a informação da qualidade da água de forma que todos consigam compreender. Essa infraestrutura tecnológica é composta inicialmente por uma parte de sensores, que captam informações do ambiente , no nosso caso a respeito da qualidade da água, e essa informação então vai ser transmitida pelo sensor através da Internet, por um sistema capaz de pegar a informação e apresentá-la de forma que um cientista consiga interpretar a informação bruta, captada diretamente do sensor. Além disso, temos a preocupação de traduzir essa informação bruta de modo que faça sentido para pessoas que não tem o mesmo conhecimento que um cientista; para a população comum, no caso seria algo como a água está boa, a água está ruim, o ph está acido etc. -, explicou Peres.
Assim, de acordo com o professor, neste primeiro momento optaram por monitorar o Guaíba, onde um sensor fica localizado, sozinho, transmitindo através da rede de telefonia celular, pela Internet móvel, informações para sistemas online.
- Não só queremos obter essa informação do meio ambiente, e armazenar ela em algum lugar, como disponibilizar essa informação para quem quiser utilizá-la, e para que outros pesquisadores que trabalham nas mesmas variáveis ambientais que estamos coletando, possam se aproveitar. Então se alguém está pesquisando alguma coisa a respeito da água do Guaíba, nós já temos o sensor lá, e vamos disponibilizar online essas informações que estamos captando em tempo real. Em todo momento que o sensor capta uma informação ele já publica online, e um cientista pode se aproveitar dessa informação para desenvolver a pesquisa dele - , complementou Peres.
Na oportunidade, a professora Simone Kapusta, do curso de Gestão Ambiental, também salientou a importância do projeto para a área de Meio Ambiente e agradeceu pela contribuição dos estudantes intercambistas.
Este dispositivo testado e avaliado pelo grupo no rio Guaíba durante sua permanência em Porto Alegre, será doado ao IFRS - Câmpus Porto Alegre para uso em ambiente de ensino nos cursos da área de Meio Ambiente e Informática, além de servir para divulgar informações à sociedade.
Os estudantes Antoine Lacasse, Aléxis Caron, Danny Groleau, Justin Nadeau-Lapierre, Sébastien Giasson e Virginie Tetreault estiveram no IFRS acompanhados pela professora Julie Gagnon.
A visita do grupo canadense contempla a continuação das atividades de cooperação internacional iniciada pelo IFRS em 2011, parte de um convênio do IFRS com o Cégep de Sherbrooke, assinado em outubro de 2010 entre os reitores das duas instituições.
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