Aula inaugural no Campus Porto Alegre marca início da primeira turma do Mestrado ProfEPT no IFRS
Foi realizada na tarde de quinta-feira, 10 de agosto, no IFRS - Campus Porto Alegre, a aula inaugural do polo IFRS do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica, primeiro curso do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT).
Idealizado pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), o curso está sendo ofertado em rede, na modalidade semipresencial, por 18 Institutos Federais do Brasil.
Participaram da mesa de honra da solenidade de abertura da aula o reitor do IFRS, professor Osvaldo Casares Pinto; a representante do coordenador do Comitê Gestor Nacional do ProfEPT e coordenadora adjunta do Comitê Acadêmico Nacional, professora Maria Cristina Caminha de Castilhos França; a coordenadora do IFRS do mestrado ProfEPT, professora Clarice Monteiro Escott; o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFRS, professor Eduardo Girotto, e o diretor-geral do IFRS - Campus Porto Alegre, professor Marcelo Augusto Schmitt.
Em sua fala, Marcelo frisou a importância da função do mestrado profissional trabalhar na pesquisa aplicada.
- O Campus Porto Alegre fica muito contente em abrigar mais este curso de mestrado. Quando se pensou em criar os IFs, certamente não se pensou em criar algo que fosse oposto às universidades, oposto a um modelo já existente; mas algo que completasse esse modelo; o mestrado profissional é uma das categorias que ajudam a cumprir esse novo modelo. O país ainda tem uma carência de mestrados que tentam solucionar problemas do mundo real; a pesquisa básica é fundamental, mas a pesquisa aplicada, que tenta mexer no dia a dia das pessoas, tem que complementar essa pesquisa básica, e é essa uma das funções desse mestrado. Se vamos ter um mestrado em educação profissional e tecnológica, nós vamos poder atuar sobre os problemas dessa educação. O que se espera de vocês, alunos e professores, é que suas pesquisas efetivamente tragam luz para problemas que a gente, às vezes, até desconhece. Que mestrado importante este, dentro de uma instituição de educação profissional e tecnológica, e que vai pesquisar, de certa maneira, o seu próprio fazer.
A coordenadora do curso, Clarice Escott, fez agradecimentos aos envolvidos na implantação do curso no IFRS e relembrou a trajetória para a concretização de mais esta conquista.
- O Mestrado profissional em Educação Profissional e Tecnológica representa um marco na história da educação profissional no Brasil. Construído em rede pelos institutos federais, e coordenado pelo Instituto Federal do Espírito Santo, ele nasce do esforço coletivo dos servidores docentes e técnicos-administrativos de 18 institutos federais para tornar-se um dos mais importantes espaços de produção do conhecimento e consolidação da educação profissional que acreditamos. O ensino técnico e científico articulado ao trabalho, a ciência e à cultura na perspecitva da emancipação humana. Acreditando nesse projeto, o IFRS associou-se à proposta do Conif, e aos demais IFs para a construção desse mestrado. Hoje vivemos o momento em que esse projeto torna-se realidade.
Para a professora Maria Cristina, coordenadora adjunta do Comitê Acadêmico Nacional, “a perspectiva que se coloca no ProfEPT é acima de tudo a formação de profissionais mestres comprometidos com valores de cidadania voltados ao mundo do trabalho. Expectativa essa que passa muito longe da exclusiva formação de profissionais voltados para o mercado de trabalho.”
De acordo com Girotto, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, "para o IFRS é uma satisfação muito grande ser polo de oferta do ProfEPT; essa oferta representa muito pra rede. Isso vai ajudar a fortalecer nossa identidade. Valorizar os conceitos que são trabalhados nessa rede de educação".
Em seu pronunciamento, o reitor Osvaldo fez um breve resumo da caminhada do IFRS até o momento atual, falando do crescimento dos IFs desde sua criação e as mudanças no cenário nacional no que diz respeito à educação, de lá para cá, com os recentes cortes de orçamento e atuais dificuldades de investimento. Ele salientou que, apesar disso, o IFRS continuar fazendo seu trabalho com qualidade, citando como exemplo números e conceitos que o instituto recebe nas avaliações que passa, como o conceito 4 (de uma escala que vai até 5) no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação (MEC), indicador de qualidade que avalia as Instituições de Educação Superior, e o conceito de credenciamento da instituição no MEC, que também foi 4.
- Nossos resultados mostram a qualidade do nosso trabalho. E essa qualidade mais uma vez está presente aqui, quando hoje a gente está fazendo a aula inaugural da nossa primeira turma do mestrado profissional do ProfEPT. Esse mestrado foi mais uma conquista e é um trabalho de longo prazo, como já foi nominado aqui. Temos a grande satisfação hoje de estarmos aqui oferecendo este curso, com 400 vagas em todo o pais, 24 no nosso instituto. Não poderíamos começar com um tema mais feliz do que este; o objetivo do curso aqui é o desenvolvimento de soluções tecnológicas que possam contribuir para a melhoria do ensino na educação profissional e tecnológica. Fico extremamente feliz com a escolha desse tema.
O reitor afirmou ainda, em sua fala, que já estão sendo discutidas outras propostas de outros mestrados em rede.
Após a abertura oficial com os pronunciamentos das autoridades presentes, os 25 alunos e professores do curso, além dos demais convidados, assistiram à aula inaugural com o tema "O desafio em construir uma rede de pesquisa em educação profissional e tecnológica: produção de conhecimentos e tecnologias sociais", ministrada pelo professor doutor Jorge Ribeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Ao final da palestra, houve um momento de mestrandos e docentes do curso se conhecerem, em que cada um se apresentou para a turma, e os alunos receberam um kit de boas-vindas do IFRS. O encerramento da aula inaugural contou com um coquetel de integração e confraternização entre a turma de futuros mestres em educação profissional e tecnológica, e seus docentes.
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