Mulheres negras do IFRS debatem sobre suas vivências em evento realizado pelo Projeto Afrolinguagens
Aconteceu na noite da última terça-feira, 25 de junho, o evento de extensão “Conversa Enroda: Mulheres negras no IFRS”, promovido pelo Projeto Afrolinguagens, coordenado pelas professoras Aline Ferraz e Renata Severo e ligado ao Programa Permanente de Ensino de Línguas e Literatura (PROPEL).
Quem compareceu ao Auditório do 9º Andar do IFRS - Câmpus Porto Alegre teve a oportunidade de participar de uma conversa que tratou de temas importantes para a valorização da cultura afro, como gestos, danças, cotas, educação, políticas públicas, entre outros.
O grande objetivo do debate é dar visibilidade e ouvir essas mulheres que sofrem preconceitos das mais diversas formas. A roda debatedora contou com a participação de oito mulheres que fazem parte do IFRS: as alunas Carmynie Xavier, Cristiane Gomes, Maria Luiza Souza e Maria Alice Santos, a servidora técnica-administrativa do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE) do Câmpus, Ana Springer, e a professora Andréa Ribeiro Gonçalves Leal.
Segundo a professora do curso PROEJA - Técnico em Administração, Andréa Leal, o grande problema está em admitir de onde essas pessoas vieram:
- As próprias pessoas negras têm vergonha de dizer de onde vieram. O que se deve perguntar é qual é a parte da minha história que eu quero que apareça, que eu quero que as pessoas saibam -, colocou ela.
Mesmo com o pouco tempo, várias questões de enorme relevância foram levantadas: preconceito de gênero, de raça e de religião, desvalorização da mulher negra, imposição de um padrão de beleza branco, lacuna de representações femininas negras na mídia, insuficiência da política de cotas para estudantes, defasagem do ensino escolar e até a necessidade de se repensar a grade curricular dos cursos do IFRS.
O encerramento da noite ficou por conta do Grupo de Brincantes Paralelo 30, coordenado pelo professor Jair Felipe Umann da Faculdade de Dança da UFRGS.
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