Nota de Repúdio aos ataques ocorridos em atividades pedagógicas virtuais nos campi Restinga e Porto Alegre do IFRS
Na tarde do dia 8 de julho, em atividade pedagógica por webconferência realizada pelo IFRS – Campus Restinga, denominada “Roda de Conversa: como funciona o racismo, um olhar de moradores da Restinga”, houve a interferência de um grupo organizado de pessoas manifestando linguagem ofensiva, de cunho racista e sexual. Em 9 de julho, ocorreram novos ataques desrespeitosos e ameaçadores em atividades pedagógicas online, registradas em outro evento do IFRS – Campus Restinga, intitulado “Roda de Conversa: saúde física, mental e emocional durante a pandemia” e, também, em evento promovido pelo IFRS – Campus Porto Alegre, sob o título “Roda de Conversa: Gênero e Sexualidade nos Institutos Federais”.
As atividades foram oferecidas de forma aberta ao público externo, por suas temáticas promoverem debates de interesse público e social. Os eventos ocorriam com a presença de estudantes e servidores da própria instituição, além de pesquisadores e acadêmicos de outras regiões do Estado e do país.
Diante disso, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), por meio desta Nota Oficial, manifesta total repúdio a essa série de práticas desrespeitosas e criminosas, e presta sua solidariedade aos organizadores e participantes dos eventos por essas injustificáveis ocorrências.
Aproveitamos para reafirmar o compromisso institucional com a promoção de um ambiente educacional plural, diverso, democrático e inclusivo que, em hipótese alguma, pode ser confundido com a expressão de discursos de ódio. Os debates sobre as temáticas étnico-racial, sobre gênero e questões sociais são imprescindíveis para a construção de uma sociedade mais justa e equânime, fazem parte dos princípios fundantes do Projeto Pedagógico Institucional e estão em perfeito alinhamento com a missão e valores do IFRS. Ataques como esses só demonstram a importância de aprofundarmos ainda mais as reflexões sobre o combate ao racismo e a todos os tipos de preconceitos, e fortalecimento das ações afirmativas, inclusivas e de diversidade praticados no IFRS, bem como os trabalhos desenvolvidos por nossos Neabi, NAAf e Assessoria de Relações Étnico-raciais.
Informamos, por fim, que todas as medidas legais estão sendo tomadas para coibir e responsabilizar os autores dessas deploráveis ações, nas esferas cabíveis.
JÚLIO XANDRO HECK
Reitor do IFRS
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